Toda terça-feira o Centro Cultural São Paulo recebe diferentes artistas para se apresentar na Roda de Choro, que acontece na Sala Adoniran Barbosa. Neste recital, que compõe a programação de comemoração do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, escutaremos algumas das mais interessantes composições de Egberto Gismonti, apresentadas e arranjadas para violão solo pelo violonista-compositor Daniel Murray.
Utilizando o violão tradicional de 6 cordas, em diferentes afinações, e o violão de 11 cordas, Murray mergulhou nas complexas melodias, harmonias e polirritmias propostas por Egberto, traduzindo e recriando suas composições numa visão pessoal que vai além da transcrição fiel ou “arranjo”. O show engloba as principais referências do trabalho de Gismonti, como Heitor Villa-Lobos, Antônio Carlos Jobim, Radamés Gnatalli, Baden Powell, ao lado de Leo Brouwer, Igor Stravinsky, Carlo Gesualdo e Claude Debussy.
Desde 2015 Egberto e Daniel vêm trabalhando juntos neste repertório, a ser lançado em disco em 2019 pela CARMO/ECM – importante parceria entre o selo brasileiro criado por Egberto (CARMO) e a legendária gravadora alemã (ECM). Egberto Gismonti assinou a produção musical do CD “Universo Musical de Egberto Gismonti” lançado no segundo semestre de 2019.
Nesse encontro em torno da canção brasileira, personagens de um Brasil atemporal, marcados pela exclusão e pelo lirismo, são reinventados e apresentados ao público do Sesc Santana. O trio une a voz de Mirella Celeri aos violões de 6 e 11 cordas do talentoso Daniel Murray e ao estilo marcante de Caito Marcondes na percussão. O repertório é dedicado a canções de João Bosco, Moacir Santos, Chico Buarque, Gilberto Gil, Dominguinhos, Francis Hime e Vinícius de Moraes, além de composições próprias.
Ficha Técnica
Mirella Celeri: Voz
Daniel Murray: Violões de 6 e 11 Cordas
Caito Marcondes: Percussão
Mirella Celeri – Iniciou-se na música com o seresteiro Ernesto Aun, com quem se apresentou em casas de shows e festivais ao lado de conjuntos regionais, ainda na adolescência. Estudou canto com Regina Machado, Solange Sá, Regina de Böer, Nancy Miranda e Madalena Bernardes. Pós graduou-se em Canção Popular pelo Departamento de Música da Santa Marcelina e estuda composição com Francis Hime. Como cantora popular, apresentou-se com repertório de música brasileira e jazz com músicos como: Luizinho 7 Cordas, Ventura Ramirez, Trio Futricando, Regional do Evandro, Cássia Carrascoza, Jobim Lima, Tânia Turíbio, Carlos Rebouças, entre outros, em casas de shows como CCBB, Teatro Hall, Teatro Mambembe, Sanja Jazz Bar, unidades da rede Sesc e Mistura Fina. Participou dos cds: “Serestas Brasileiras” (Atração) de Ernesto Aun, “Café Saudade” (Sony – diversos artistas – lançado no Japão), “Solange Sá” (Canto Discos), além de ter participado de gravações comerciais.
Daniel Murray – Considerado um dos mais talentosos violonistas brasileiros de sua geração, Daniel Murray desenvolve ativa carreira como intérprete e compositor, apresentando-se no Brasil, America Latina e Europa desde 1998. A conquista de seu primeiro prêmio, no “Concours International de Guitarre de Trédez Locquémeau” – Bretanha- França, aos quatorze anos de idade, marca o início de sua carreira. Sua discografia é composta por quatorze álbuns, seis dos quais dedicados ao violão solo. Apresentou-se como solista com a Israel Chamber Orchestra (ICO), Orquestra Sinfônica Nacional (OSN), Orquestra Sinfônica de Concepción-Chile (UdeC) e Orquestra Experimental de Repertório (OER), sob direção de Doron Salomon, Thiago Tavares e Jamil Maluf. Lançou entre 2019 e 2021 “Universo Musical de Egberto Gismonti” (Carmo/ECM) com produção do próprio Gismonti, “Sombranágua – Septeto Autoral” (premiado no Global Music Awards nas categorias melhor álbum e melhor compositor), produzido por Paulo Bellinati e Totem Records, “Five Pop Tunes” com composições de Marco Pereira, além de, “Lugar ao vento”, onde interpreta junto a ao violonista e compositor Chrystian Dozza, composições de Alexandre Guerra.
Caito Marcondes – Apelidado por Airto Moreira “o Villa-Lobos da percussão”, iniciou ao piano com oito anos de idade, passando mais tarde a interessar-se por bateria e percussão. Estudou composição e análise com H.J. Koellreutter e harmonia e contraponto com Mário Ficarelli. Tem atuado como compositor e arranjador em várias áreas, como balé, cinema (onde ganhou vários prêmios), documentários (como o ¿Nos Caminhos da Expedição Langsdorff‘ para o Discovery Chanel), gravações e shows. Gravou e se apresentou com nomes como Hermeto Pascoal, Randy Brecker, Paul Hanson, Rita Lee, Chico César, Joyce, Marlui Miranda, Paulo Moura, Jaques Morelenbaum, John Scofield, Zeca Assumpção, Milton Nascimento, Elza Soares, entre outros. Seu primeiro disco solo “PORTA DO TEMPLO”, gravado em junho de 1995 na Califórnia, USA, com o Turtle Island String Quartet, foi indicado para o prêmio SHARP 1996, e lançado pela ACT na Alemanha, foi situado entre os 150 melhores lançamentos de 1998 na Europa pelo World Music Charts Europe. Recentemente, planejou e foi diretor musical do projeto Viva Naná em homenagem a Naná Vasconcelos, reunindo cerca de 50 músicos em 10 dias de apresentações.
Nesse encontro em torno da canção brasileira, personagens de um Brasil atemporal, marcados pela exclusão e pelo lirismo, são reinventados e apresentados ao público do Sesc Santana. O trio une a voz de Mirella Celeri aos violões de 6 e 11 cordas do talentoso Daniel Murray e ao estilo marcante de Caito Marcondes na percussão. O repertório é dedicado a canções de João Bosco, Moacir Santos, Chico Buarque, Gilberto Gil, Dominguinhos, Breno Ruiz e Paulo César Pinheiro, além de composições próprias.
Sinfonias Fantásticas II
Concerto presencial, aberto ao público
Orquestra Experimental de Repertório
Jamil Maluf, regência
Daniel Murray, solista
Programa
HEITOR VILLA-LOBOS
Concerto para Violão e Orquestra (20’)
RADAMÉS GNATALLI
Sinfonia Popular, nº 1 (25’)
Ingressos R$10,00 a R$30,00
Classificação livre
Duração Total 45 minutos
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